quinta-feira, julho 10, 2008

Prazerexol 150mg --- 1x mes V/O

Drogas, sexo, vamos atrás pq age direto em nossos centros de prazer, que nos mandam faze lo de novo, como comer. Como a comida, não é uma opção que se faz, é uma encadeação de ordens que nos faz precisar de novo. O prejuízo disso é a falta de escolha, na verdade distorcemos qqer logica pra encaixar a vontade da repetição. Não adianta falar de cancer, de acidentes de transito, de gravidez, ng fala mais espertamente que seu núcleo accumbens, ao que parece. É necessária a lei seca pra fazer as "pessoas estatisticas" pararem de se matar. Mas elas nao querem se matar creio eu.
Conheço gente que jogou por 3 anos o mesmo jogo, com os mesmos monstros e experiencias, nada novo alem de chapeus, e nao adiantava falar "sai dessa". O prazer ali, como em demais jogos, era a matança, as cabeças rolando, dinheiro vindo e o sonzinho de "tchec tchec". Outros decoram o dano de cada tipo de golpe em outro jogo, repetindo o "ganhar de todo mundo" over n over. Ja ouvi dizerem que para aproveitar melhor a menina, vc se alivia antes de ve-la, 2 vezes! E viciados em drogas diversas, que ja acordam precisando de um dois, um tiro?
Apesar do hedonismo reger boa parcela dos meus planos, sinto que minha relação com o prazer é mais enjoada. Apos uma bebedeira, um "brincar", uma passada por um jogo, me dá uma exaustão, um rebaixamento agudo daquela importancia na lista de prioridades. Ja narrei a outros colegas como é fantastico a sensação de dar um amasso e matar um monstro na sequencia, assim como voltar da balada e tomar açaí com violão. Chama-se feedback negativo, uma ação desencadeando a inibição dela própria, e percebo isso muito em mim.
Lembrando da lei seca após sentir o desejo sexual se esvaindo em segundos do pós-orgasmo, pensei se isso não poderia ser sistematizado a demais prazeres e pessoas. E se fossem sintetizadas drogas que amplificassem este delay? Se balanceassem o efeito nocivo da droga com a abstinência causada pelo inibidor, de modo que os usuários tenham o prazer procurado. mas com garantia do inmetro de que dificilmente causaria dependencia ou tendencia a overdose. O governo poderia chamar a população pra discussão em vez de renegar os consumidores à ilegalidade. A maconha legal diminuiria o tráfico, teria maior qualidade e poderia também evitar o vício.
Daí me vêm alguns problemas. 1) Um ecstasy que age direto na sensação de prazer, como poderia ser inibido? Retirar toda a libido e euforia do indivíduo nas semanas seguintes seria loucura. 2) Quem julgaria o período de delay, e o julgamento seria baseado em danos biológicos ou sociais? 3) Como o governo faria com que as pessoas optassem pela droga de marca? Preço menor, campanhas publicas de "nossa droga faz menos mal", "teores seguros", "sem impurezas". 4) Seria viável criar um mercado legítimo de substâncias que não causassem dependência? A indústria farmacêutica adora medicamentos de alto custo, consumo e nobreza. Como convencê-la a fazer "cocaína barata não-viciante"? Haha é até engraçado.
Poderia ser usado o inibidor em atividades socialmente indesejadas quaisquer: jogo, pedofilia, jogos online. Talvez uma inibição traumática permanente poderia ser alcançada. Mas creio que atuar subjetivamente já tangiria um controle da liberdade individual que medicina e justiça atuais não podem assumir como responsáveis ainda, seria experimental e desastroso demais. O Prazer é nosso impulso para realizar o mundo e na medida que se brinca de controlar isso, talvez estejamos algemando a evolução da sociedade, ja pensou?

ps1: Há muitas coisas na vida prazerosas mas não consigo usar isso de argumento contra drogas, pois estas trazem sensações muito especias e diferentes. E olha que eu amo fazer muita coisa.

ps2: E se fosse procurada droga que nao trouxesse efeito nocivo ou dependência(é bem inviável biologicamente, mas supondo), seria necessário delay? O simples fato das pessoas estarem alegronas às tornaria socialmente insuportáveis para qualquer atividade? Seria um filme interessante, provavelmente uma comédia pornô, haha.

psmil: Desculpe a confusão de pensamentos, mas quis falar de tudo que tive em mente.

3 comentários:

Anônimo disse...

Grande Rael!! Kra... sempre curto as coisas q vc escreve... vai ve a gnt pensa parecido... bom.. vc viajou um bom tanto hj pra escrever.. tinha tomado algo? ahuahuhuaha.. e como vao as coisas em Sanja?.. faz tempo q n volto pra lah...
rael... abraços ibitinguenses pra ti! flw!

Lia Lupilo disse...

extasy, que você exemplificou, causa feedback negativo durante não sei quanto tempo depois (uma semana?). e nem por isso é menos atraente para os pré-dispostos a se drogar.

eu sou a favor da legalização da maconha, bláblá, mas acho que dificilmente isso acontecerá no país. convenhamos, há questões mais urgentes como aborto.

acho que sempre existirão teses de que qualquer (?) droga bem dosada pode ser legalizada.

não acredito em um mundo como o conhecemos sem drogas, não, por fim.

beijos

Lia Lupilo disse...

como costumava dizer, depois que tudo vai embora ficam as drogas. é verdade.