terça-feira, junho 30, 2009

Mude o mundo



Grande Michael =´(

*Preciso falar um pouco: Eu tinha 6 anos quando uma fita me fez começar a ouvir musica. Thriller - Billie Jean - Beat It. Realmente importante pra sempre. Muito Obrigado.

Elixir

Lembrei de um debate em sala, sobre a medicina ser ou não uma ciencia exata. Ergui a mão e disse que ela será exata no futuro e poderá(deverá) ser feita por robôs. Ouço deboches até hoje.
-Mas, e o mistério do eu, a individualidade do paciente, a arte médica?- Diariamente ouço grandes médicos ressaltarem que condutas diferentes podem se pautar na experiência de cada profissional,mesmo sem evidência cientifica, pois cada caso é um caso e blablabla. Mesmo após anos de curso médico, a muitos colegas não fica claro esse pensamento secreto da classe médica. De que podemos ficar tranquilos e fazer raciocínio de tartaruga pois o corpo é muito complexo mesmo e as doenças estarão sempre aí. De que só precisamos manter o coleguismo e a força da profissão que ganharemos nosso dinheiro, acima de qualquer solucão, no questions asked.
Me irrita ver até em aula de ética médica um velho beiçudo com cara de senador vir dizer que não se pode apontar erros nos atos de um colega, sob pena de processos legais por calúnia. O salto alto em que desfilam meus veteranos cria um abismo entre profissionais e clientes, entre solução e confusão. Idéias muitas vezes simples, como tapar um buraco ou alargar um tubo muscular, ficam de escanteio, enquanto um doutor mandão quer apenas que sigam suas ordens. O paciente, perdido, só vê os efeitos colaterais de tudo que é feito e cria-se o fantasma do eeerro méeedico, em cima da falsa esperança de cura mágica.
Desde o colegial, o estudo de Biologia-Física-Quimica versus Minha-Falta-de-Religiosidade me deram a concepção de que o ser vivo é um organizado químico com tamanho para fazer eventos macroscópicos, físicos. Seria então possível mapear e prever todos os acontecimentos do corpo humano, e seus defeitos. O problema é que isso é de uma complexidade ainda muito fora da nossa realidade, o que reitera a idéia de que nossos esforços seriam arte descompromissada. Mas isso não pode mais guiar a classe médica.
O
ponto fundamental é que precisamos almejar a solução, o exato, mesmo que esteja a séculos de acontecer, pois é o que as pessoas querem e precisam. Uma medicina humana sim, mas armada até os dentes de raciocínio e humildade para usar cada descoberta fisico-química, cada relato de caso ou estudo estatístico para matar os tantos problemas que afligem essa máquina complexa. Chegará o ponto em que o corpo estará tão bem compreendido em nível molecular, que poderá ser dominado em fórmulas matemáticas compiladas em um sistema processador de dados, tão bem projetado quanto o nosso cérebro, mas muito mais eficiente. Não me refiro aos meros braços mecânicos que temos hoje como robôs, e sim sistemas racionais avançados. Os velhos médicos têm de entender que nossa missão é curar as doenças, em ultima instância. E deveremos ter a sabedoria de largar o osso quando a hora chegar. Meu sonho é que a minha profissão não seja mais necessária, acredita?