Que noite. Depois de um dia animal de pré-carnaval, eu mais parceiro devidamente beijados por garotas apaixonantes cruzavamos a Paulista na volta ao lar. Ja nostalgicos com o acontecido, discutimos o futuro do nosso universo, eu tentando suavizar e melhorar o prognóstico, como todo bom mentiroso congênito. Vamos lá.
Após dias de espera, pude começar a desenhar meu terceiro ano, minha capelinha vaticana, que com Aquário recem pintado ja tá uma graça. Oculos escuros, protetor solar (aula de dermato botando pavor), caretas ao espelho pra insuflar o ego-sama, uma bela escovada de dentes ao som de Cold Day in Hell, puro POWER UP, a missão não ia ser brincadeira. Bata e olhos brilhando, chegamos a atletica, um alvoroço de bateria, cerveja e gatinhas totalmente desconhecidas, todas me procurando atras das lentes niegras. Rio nervoso, saio procurando gente conhecida pra esquentar a eloquência. Oi pra uma, pra outra (repare no descaso com os homens, estratégia instintiva porém duvidosa, pensarei nela em outra ocasião), vejo as meninas judiando de seus tamborins, elas trouxeram amigas, oi oi oi, 'bêjo-prazer, rael', oi menina quebra-tudo, quanto tempo, blablabla, vo ali pegar uma cerveja...
E pronto. Personalidade 2 ligada, um golinho de cerveja, um riso pro nada, todo mundo ficou mais legal, especialmente eu. Se ela dança, eu danço, se eu nao ando logo... Meu amigo dizendo cata ela logo! Eu só no encosta encosta, forró no meio do axé (coisa de otro parceiro, elas nunca negam), mas sem o aproach certeiro. Dai vem um cidadão com uma garrafa de pinga com mel, ela toma no biquinho e eu viaaajo. Dai não aguentei mais e... saí fora. Bom, não gosto de amigos olhando o que tou fazendo, nao sei se é por vergonha, eu travo. Então meu parceiro ficou la quebrando tudo e fui fazer amizades. Neste ponto o dia toma forma.
Engraçado como pipocam conhecidos no meio de festa, eu dei oi pra uma aqui, uma ali, mas não tava dando liga. Sentei e pedi arrego, sentou uma moça do lado no mesmo estado. DAQUI: Cansada tb? To desanimada, minhas amigas não tao dançando, ora vamos la então, forró no axé, direto na boca, fechei os olhos, a amiga gritou ele ta sangrando em você! (Sim, me recordo de tomar um tapa ou algo assim de alguem, parei de fungar, sangrei na mina, nem acreditei) Agarrei ela, corri pro banheiro masculino, ela ainda nao entendendo nada, nao tinha visto, disse ei ei aí nao, achando q eu tava de sacanagem haha. Passei um papel nela e dei tchau, certo de que ela nao iria me aturar denovo. ATÉ AQUI se passaram uns 2 minutos, demorei uns 10 no banheiro processando o acontecido e rindo e contando a historia pra todo mundo q entrava. Sangrei na miiina maaano! haha. Limpinho, fui caçar o parceiro pra seguir em frente. Vi ela sentada fui pedir desculpas e dar tchau, mas ela nao estava brava suficiente. Um bom político tem jogo de cintura instantâneo, abri o sorriso e sentei. Foi aí q reparei nela. Tinha algo muito familiar e muito bom acontecendo, uma quentura batia pequenas asas dentro do meu estomago. Ah que sujeira. Ela tem aquele jeito e sorriso que só as Negrinis e as Negrões costumavam ter, e eu nem lembrava como era gostoso de ficar olhando e viajando nas paixões de mil anos atrás. Ela deve ter achado engraçado eu ficar parado q nem bocó(eu podia ter atropelado o gato do kiko), mas nem teve tempo de perguntar, beijei com toda vontade de ser feliz e dei parabens para o sol que coloria esse dia foda. Shiiiiiine!
3 comentários:
genial!!! hahaha!
Garanhão.
Parecia com a Negrini?
Haha!
garanhão!
Postar um comentário